segunda-feira, 30 de novembro de 2009

REMUNERAÇÃO É CONSEQUÊNCIA DA DEDICAÇÃO

29 de Novembro de 2009
Marcelo Gonçalves - Sócio-diretor da BDO

Quantas vezes ouvimos os nossos colegas de trabalho, amigos e até familiares reclamarem de que ganham mal, apesar de trabalharem muito?

Comentários desse tipo costumam ser apoiados por outros "sofredores", que, além de se solidarizarem com o queixoso, começam eles próprios a reclamar das dificuldades que enfrentam e a falar mal da empresa em que trabalham. Ao agirem assim, esses profissionais não atentam para o óbvio: eles estão denegrindo o próprio currículo. Afinal, se eles estão em uma empresa que não os valoriza e permanecem ali, talvez haja algo questionável na competência deles...

Claro que uma dedução dessas pode ser precipitada e injusta. No entanto, é quase instantânea. É justamente por isso que temos de prestar mais atenção ao modo como agimos, aos interlocutores que escolhemos e, sobretudo, àquilo que falamos. Construir uma imagem profissional ruim é um dos piores entraves que alguém pode impor à própria carreira.

Além disso, assumir o papel de vítima é uma atitude destrutiva, que traz desânimo e uma enorme sensação de infelicidade. Quanto mais se repete o mantra "sou explorado, ninguém me valoriza", maior é o desgaste emocional. O resultado disso, com o passar do tempo, é a queda na qualidade do trabalho realizado. E, quando o profissional começa a fazer somente o necessário para não ser "disponibilizados ao mercado" - eufemismo para demissão -, ele se distancia, cada vez mais, da ambicionada promoção.
Por isso, em vez de nos acomodarmos a um papel que em nada contribuirá para nos tornar felizes e realizados, devemos nos propor a responder - a sério - uma questão da maior importância: "Será que eu me dedico além do que o meu cargo e a minha remuneração pressupõem, ou me dedico menos do que seria capaz, e por isso ninguém pensa em me dar um aumento?".
Ser sincero na hora de responder a esta pergunta pode ajudar o profissional a despertar para os verdadeiros problemas. Assim, ele terá como corrigir e melhorar suas atitudes, encaminhando-se, de fato, para um futuro digno de seu potencial e de suas habilidades.
Outro equívoco que deve ser evitado é a confusão entre conquista de sucesso profissional e "sorte". Enquanto muitos abrem mão do lazer do final de semana para participar de cursos e workshops, e passam noites e noites estudando, trabalhando e pesquisando, outros vão para o boteco com os amigos para criticar os chefes e colegas. Nem preciso dizer em qual dos dois casos seria justo haver reconhecimento, promoção e melhoria salarial...
Quem ninguém confunda este ponto-de-vista com pregação a favor de um estilo de vida árido, sem um pingo de diversão ou relaxamento. Porém, é claro que alguns sacrifícios são necessários de vez em quando. Ninguém se torna um expoente em sua área sem priorizar a carreira.
Por isso, temos que aprender a ver nossa vida de um jeito diferente. Seja no plano pessoal ou profissional, é importante enxergar além dos problemas e das dores momentâneas. É preciso ter consciência de que a vida é uma sucessão de etapas, e que a cada desafio novo que encontramos, temos uma chance a mais para crescer, nos desenvolver e aprimorar a nossa capacidade de superação.
A pena é o pior sentimento que se pode nutrir por quem quer que seja. Se uma pessoa a quem queremos bem começa a fazer o papel de "coitadinha", o melhor que temos a fazer é conscientizá-la da nocividade dessa postura. Ter pena de si mesmo, então, é algo que deve estar cem por cento fora de cogitação: respeite-se para ser respeitado, ou o máximo que você conseguirá obter é a complacência alheia.
Um executivo não é formado apenas pelo conhecimento técnico, mas pela aliança deste com suas atitude, que devem ser pautadas pelo respeito à ética, pela perseverança, pela dedicação e pela postura séria e consistente que se espera de um líder. Por isso, um profissional que almeja evoluir deve parar de pensar em como "está", e passar a focar naquilo que ele, de fato, "é". Estar num cargo aquém da sua capacidade é circunstancial; ser uma pessoa competente e em constante aprimoramento é o que importa de fato.
enviado por: Igor Xavier
tec. em segurança do trabalho

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